terça-feira, 19 de outubro de 2010

Jan van Dornicke - Tríptico: Cristo Carregando a Cruz, a Crucificação e o Sepultamento




Jan van Dornicke - Tríptico: Cristo Carregando a Cruz, a Crucificação e o Sepultamento

Tipo de obra:Pintura
Categoria:Arte da Europa Central
Autor:Jan van Dornicke
Dados Biográficos:Antuérpia, Bélgica, c. 1470 - c. 1527
Título:Tríptico: Cristo Carregando a Cruz, a Crucificação e o Sepultamento
Data da obra:Séculos XV-XVI
Técnica:Óleo sobre madeira na moldura original
Dimensões:119 x 172 cm

Um pouco sobre o Autor

Jan van Dornicke trabalhou em Antuérpia de 1509 até a sua morte, ocorrida provavelmente por volta de 1527. Atualmente, Dornicke é considerado um dos mais singulares pintores do maneirismo flamengo, especialmente por sua capacidade de conciliar elegantemente os avanços plásticos da estética maneirista. Não obstante suas notáveis inovações no campo da pintura flamenga do século XVI, pouco se sabe sobre a sua biografia e raros são os exemplares de suas obras que chegaram aos nossos dias. Estima-se que existam aproximadamente vinte obras de Dornicke em coleções públicas e privadas, dentre as quais merecem destaque A Adoração dos Magos do Museu de Belas-Artes de Chambéry e o Tríptico da Crucificação de Cristo em exposição atualmente no Museu de Arte de São Paulo.

Analise da Obra

Tríptico é uma das mais importantes obras já adquiridas pelo MASP – Museu de Arte de São Paulo. Ela foi trazida de um leilão inglês por um empresário brasileiro, o empresário adquiriu a obra por 1 milhão de dólares. Foi necessária uma reunião com os representantes do Ministério da Fazenda para que não fosse cobrado impostos no momento em que a obra entrasse em território brasileiro devido aos seus fins para exposição cultural no MASP.

A obra de autoria de Jan van Dornicke retrata as três etapas da crucificação de Cristo. Esta obra é separada em três transições, sua moldura tem a forma de uma janela, como se algo estivesse sendo apresentado para mundo. Na primeira parte da janela (moldura) da esquerda para a direita Jan van Dornicke pintou Jesus Cristo carregando a cruz, na parte central Jesus Cristo estava sendo crucificado, o autor retratou todo o momento não dando enfoque apenas a Jesus Cristo mas também a todos os aspectos daquela cena, onde havia os dois ladrões, um ao lado esquerdo o outro ao lado direito de Jesus Cristo, ambos estavam sendo crucificados também, mas Jesus Cristo sempre ao meio como ponto central.

Apesar das três partes que compõem a moldura da obra terem a mesma altura, apenas a parte central, o meio da obra, ocupa um espaço maior em sua visualidade, devido á importância daquela cena ali retratada, onde Jesus Cristo esta sendo crucificado na cruz para redenção dos pecados do seu povo.

Na terceira e ultima parte da obra Jesus Cristo esta sendo sepultado. A obra pode ser analisada também em níveis de importância, onde a primeira e terceira parte são importantes no acontecimento, mas não dando o mesmo valor e diversidade em sua composição, onde o meio, a parte central da obra, é muito mais elaborada e diversificada visualmente.

A obra esta em perfeito estado de conservação, por ter sido pintada em óleo sobre madeira, as cores ficam muito mais nítidas, ficam mais vivas melhorando assim o contraste da obra.

Especulo que o autor tenha utilizado esta técnica, óleo sobre madeira em sua obra, pois o nível de detalhamento é muito grande, e como na madeira o contraste e a nitidez da pintura fica muito melhor é possível trabalhar com detalhes minuciosos.

Jan van Dornicke era visto como um artista maneirista, onde tinha seu estilo próprio, muito caracterizado pelo dinamismo, e complexidade das formas. Ambas as características podem ser observadas em Tríptico, o dinamismo presente no fluxo visual, sensação que é causada pelas molduras em forma de janela, e a complexidade das formas, nas três transições da obra, o autor trabalhou os minuciosos detalhes de cada parte da pintura, não só na paisagem mas, também na caracterização dos personagens da obra e sua contextualização, confirmando mais a ainda o nível de complexidade da obra de Jan van Dornicke. O nível de detalhamento das vestes dos personagens que compõem as três transições é simplesmente impecável, trabalhados em cada detalhe, principalmente a luz/iluminação das vestes, pois é a iluminação que vai dar a sensação de volume e profundidade nas vestes dos personagens. Na obra o que mais se destaca é a complexidade da pintura das vestes, as vestes são trabalhadas nos mínimos detalhes para dar mais ainda a sensação de realidade dos acontecimentos, como se o pintor estivesse presente naquele exato momento, a ponto de saber tantos detalhes.

Dornicke consegue atráves de suas técnicas transformar o contexto do evento, que deveria causar a sensação de dor, triteza, para quem vê a obra, em uma visualidade elegante ao olhar, a obra transmite uma outra sensação, sensação de elegancia, refinamento, o nível da composição da tela de Dornicke é muito grande, quando falo do nível de composição estou me referindo aos detalhes da tela, não só nas vestimentas, mas na paisagem também e na propria arquitetura da moldura no fluxo de movimento que ela transmite, que a obra toma um outro rumo, não mais querendo passar sensação de tristeza e dor, mas sim uma prova de técnicas e habilidades.

Proposta para Jogo

High Concept


- Um caçador de tesouros tem de completar enigmas do quadro Tríptico. Quando a obra é aberta ela se transforma em um portal, cada parte da obra se transforma em um portal que o leva até o local dos acontecimentos que nela estão gravados, e em cada portal existe uma relíquia que o caçador tem conseguir para sua coleção.

Analise da obra de Jean Baptiste

Biografia

Jean Baptiste Siméon Chardin foi um pintor francês, nasceu em Paris, novembro de 1699, um dos mais consagrados do século 18, gostava de documentar a vida da burguesia de Paris.

As pinturas de Jean Baptiste se caracterizavam por ter cores e iluminação suaves, tornando as pinturas mais realistas

A pintura

Retrato de August Gabriel Godefroy – 1738

Pelo o que pude analisar a imagem mostra o garoto filho do banqueiro e joalheiro Charles Godefroy, jogando a tampa do tinteiro como se fosse um peão.
O garoto parecia estar estudando, porem não conseguiu ficar atento aos estudos e acabou tendo a criatividade de lançar a tampa como um peão. Percebe que o garoto estava estudando, pois ainda estão na mesa 2 livros e o tinteiro com a pena dentro e mais um papel enrolado, onde ele devia estar escrevendo alguma coisa.
Observei também que a gaveta da mesinha está aberta com algum objeto para fora, porem não consegui entende o que seria esse objeto.
Mesmo sem saber do que e de quem se trata a imagem, a pessoa que está vendo a pintura consegue perceber que a garoto que está sendo retratado, e filho de alguém importante, pois está bem vestido, bem cuidado e com o cabelo arrumado.
A pintura passa sensação de lazer ou de distração, como se fosse um dia comum para se distrair.

O jogo

Uma idéia que eu tive de jogo para essa obra seria um “Endless” game, onde o jogo não tem fim. O objetivo do jogador seria ter que equilibrar o peão em cima de uma tabua por mais tempo possível, e quem fizer o maior tempo ganha. Um jogo simples para passar o que o quadro reflete, descontração e simplicidade.












Retrato de August Gabriel Godefroy - 1738

Por Jean Baptist Siméon Chardin


Mais detalhes da Obra:

Museu de Arte de São Paulo